Madame C.B.

Escrevi um poema de renascimento transmutável, em tempos de retrocesso ditados pela egolatria desmedida das políticas falidas e das bravatas da má intenção.

Libertárias sejam elas, entre nós.

Liberdade brote entre os tantos, em todos os recantos, lugares de multidão!

8

DorAvante não mais haverá

Medos intensos, de qualquer espécie, com um sopro, esquecerá

Infalível mito entre nós, como semente,

Da terra fértil, certeza florescerá

01 move

Tempos errantes voltarão elos, a fundar

Fulgurais levantes virão, em um instante proclamar

Ritmados, infiltrados, criarão estilhaços e atingirão o bravo olhar

02 pena

Nas águas mais profundas fluirão

Caravelas carregadas de corajosos

E velozes serão descobertos, nossos infalíveis ritos do navegar

Com os ventos serão ditosos

“Serenosos”

Mitológicos

Esplendorosos

Si mesmos, carícias virão tocar

03_asas

E aos que não sabem aMar,

Sintam-se bifurcados em nossa sensível escuridão

E mais: estajam protegidos pelo vigor de nossa vontade de união

Por fim, bem vindos sejam

Todos os que aqui festejam

Ode às “indivisuais” carícias

Passos largos às eregidas milícias

Olhos abertos às famigeradas desnecessárias malícias

E às virtudes, tempo, relento

Tempestade

“Vastensidade”

E que o frio venha

E que as águas purifiquem

E que os fogos tornem incandescente brasa

Para cairem na hora certa, como epifanía coletiva à palavra descoberta…

Para despertarem como o mais “transmutante” trovão!

presença

Fotografias: Performance do Despertar | #LiveLivingPerformanceProject

Fotografias: Leandro Flores e Rafael Avancini



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