Minha epifania surgiu na estrada, meu tapete vermelho.
Veio como um sopro do mais leve vento.
Espalhou lampejos sutis de nobres carícias diante de meu olhar.
Daquele momento em diante, meu caminho tornou-se um sussurro do incessante espaço.
E a palavra harmonia juntou-se à expressão de leveza que meu corpo bifurcava, em todos detalhes ao meu redor.
Enquanto dançava com uma imensa pena verde, senti a mais profunda graça jorrar conexão.
Fui capturada pelos suspiros alvos de luzes rebatendo meus gestos.
Vivi a invenção de chamas do tempo diante de pensamentos nobres desconhecido em mim.
Um segredo interno, eterno, surgiu da ausência.
Cadência.
Ritmar.
O vento que todo dia sustentava minhas asas era um lampejo de verdade.
E o ar tão fresco tornou-se espaço sem fim.
Por fim, assim, despertar.
O batimento de meu coração já não mais indicava minha presença.
Ia além.
Fluía acordes de melodias infindáveis.
Daquele momento em diante, naquele dia inesquecível, o revelado jamais deixou minhas horas de Ser.
Minhas incertezas desapareceram. Minhas certas defesas também.
O sido um dia Eu, tornou-se todos nós, e fundiu nas horas aquele instante de libertação sem-fim.
Cada raio tornou-se uma voluptuosa pena vermelha.
Uma chuva de plumas de todas as cores verteu de cada ponto de luz.
Tornei-me todas as formas, liberdade informe presente entre nós.
E tornei-me todos.
Percebi manifesto, com a força do gesto, o magma do Ser além.
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