Lícia e seus poemas…

Na última viagem, vivemos intensas horas de confissões e escrita…

… ela declamou trechos de “indomissão” (sim, criamos esta palavra juntas! = indômita ação/missão/intenção…  X submissão)

E…

Enquanto Lícia sentia água de riacho enroscando vida em seu peito,

enquanto deitada vivendo o corpo em magma,

enquanto olhava a luz que buscava em seu pulso,

quando sentia rocha como sente vento de gélida perfeição em vales,

quando decidiu sentir cada trecho de uma paragem que, uma vez mais, nos libertou…

voraz, viva, valente, vociferou poesia indômita, como sempre!

 

Fala

Falácias

Aladas

Acácias

De vinho

em vísceras

Voraz

01_mato

 

 

Cala

A entranha

Que queima

Arranha

Escassa de ramos

Velada de espinhos

 

04_mato

Enfrenta

Ralenta

A fuga

Deseja

Ficar

no tempo

Eternizar

o vento

que toca

esbarra

olhar

 

 

03_mato

 

 Carícias

Malícias

Todas as vísceras

De tua luta

Já não estão

Distantes de teu lugar

 

02_mato

E em um levante

Infante

Verdadeiro

E eternamente

Errante

Despeça

E começa

Que vias de mais dias

E menos curvas tardias

Virão em ti perpetuar…

 

 

por Lícia D.B e Madame C. B.

Dedicação:

A um séquito de Dakinis e outros seres de natureza  guerreira-pacífica sublime que acompanharam meu olhar



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