Escutei dela:
De esmeraldas, as melhores jóias para as flanantes mulheres!
Escutei de outras:
As mais espertas deixam antes de ser deixadas.
Escutei em mim:
Uma mademoiselle não tem passado.
Tem presente insistente e declarado.
Tem malícias flutuando, verso ressoando.
Melodiosas como clarão em mata e afastando rufião.
Escutei?!
Ou (re)criei?!
Ou (recrutei)?!
Não sei.
Era manía de dizer fim.
Ditada em hora incerta.
Sempre re(des)cobertas, da mais libertária pretensão.
Tinha em meu silêncio outro horizonte.
Ninguem o sabe.
Ninguem nem viu, foi ontem.
Nem eu.
Grata?!
Sim, mas ao jerez, talvez não!
Mas a mania era minha.
De coração que (re)partiu.
De fonte que extinguiu.
Dedilhando esconderijos para meus antídotos.
Flanando imensidão.
Declamei palavra-beat!
Senti tesão!
Preferi palavra teste!
Aflorada em vão.
Pisei palavra vida.
Libidinosa latência de proteção!
Agora, por que tanto dela em meu caminho?!
Se prefiro seguir sorrindo vinho e não sinto em flor espinho.
Só máscara a cada levante.
E dentro de meu peito errante
só êxtase,
vertiginosa pulsação!
O solo fértil?
Solo de palavra.
E o deserto?
Vento incerto, água raza.
Calor intenso, pele vertiginosa.
Saber de minha “imensidade”?
certeza de nunca mais perversidade.
Esperem…
sentirão!
E a lua do impulso?!
A lua ariana?!
Mais uma vez…
pois será que talvez
a fuga mais profana!
Minha pisada mais insana.
Sempre proclamando liberdade
Minha incendiária multidão!
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